quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Copa Fusca cria categoria Light com motor EA111

Ta aí a Fusqueta com o novo motor

E uma das mais tradicionais categorias do automobilismo gaúcho e brasileiro traz uma inovação na temporada 2018. Ao completar 30 anos de existência, cria uma categoria com nova motorização mais barata e sem preparação.

A primeira versão da competição começou em 1988 com o nome de SPEED 1600, com os Fuscas equipados com seus motores 1600cc a ar com alguma preparação. Por volta do ano 2000, foi criada uma categoria com motor AP1600, mudando o nome para COPA FUSCA, com o motor a ar coexistindo por algum tempo, até que o AP ficou sendo o único motor.

Está aí o primeiro Fusca gaúcho de corrida com EA111

Para esta temporada, a estratégia de troca de motorização será a mesma: entra em cena a COPA FUSCA LIGHT (nu lugar da categoria B), que será equipada com motor VW EA111 1.6 8v (motor dos VW G5 em diante) sem preparação, com menor potência e 30kg mais leve, o que melhora a dirigibilidade do carro, e certamente diminuirá as quebras de transmissão. O custo será menor, pois o motor ainda é fabricado, e a adaptação é fácil, utilizando a flange, volante e embreagem originais da Kombi 1.4. As rodas de liga aro 13" darão lugar às de ferro ao 14", o que diminuirá o custo, e o pneu será o mesmo utilizado pelo Marcas (Dunlop LM704 SP Sport na medida 185/60). Em São Paulo já existem alguns carros competindo com esta configuração de motor.

Um exemplar foi testado na Copa Classic preliminar das 12 Horas de Tarumã, com os pilotos Daniel Oliveira, Tiago Takagi e Max Cassalha, e foi aprovado com louvor, com tempo de volta ligeiramente mais lento que a versão com motor AP. "O carro se tornou mais fácil de pilotar, mais estável, freia melhor e contorna melhor. É outro carro!", disse Takagi, que já foi campeão da Copa Fusca. Daniel Oliveira também ressalta as qualidades: "Tudo deu certo e o carro se saiu ainda melhor que o esperado, o motor tem potência e torque em rotações mais baixas, então o conjunto tem tudo para ser durável, fazendo valer a pena a mudança".

A iniciativa foi dos pilotos Daniel Oliveira e Max Cassalha com o apoio de Everson Melo, Leandro Motorsports, RS Desenvolvimentos By Sucata, Autosystem e Hardware Car, que ficou responsável pelo desenvolvimento do sistema de injeção eletrônica e mapeamento do novo motor.

Agora é só aguardar o calendário para saber onde e quando veremos a novidade, sendo que a Copa Fusca deverá continuar andando em conjunto com a Copa Classic.

Com informações de Erlon Radl (automobilismogaucho.com.br) e Max Cassalha e foto de Cesar Luz.

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