![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjTbPLfjilg2WVRVlnNwL0R4hGCmJh2T6H1LHyJWoklJ54MEWyZzjiNTyYtusM8aMi-Cd6VsfowX-nm2mJsLF0JH-3OAIHuz7aZn-lAaCm8l_alUSp-RBA6EN0YnDxJQvMbQx4WoHHeOM/s320/DSC09285.JPG)
Começamos esta história pelo maior feito desta lenda do automobilismo gaúcho chamado Arlindo Marx, e também o seu filho, Luciano. Este propulsor acima empurrou o último carro de Turismo a vencer as 12 Horas de Tarumã na Geral, em 1997, quebrando a hegemonia dos protótipos, na época os Aldees, que ganhavam a prova desde 1994, e também na frente dos estreantes Spyders.
Farei um rápido apanhado da carreiras destas duas lendas, deixando para que o
Sanco faça o que faz como ninguém: um post mais completo com o farto material existente.
O carro, um Escort com motor CHT, virava 1:15 em Tarumã, o que é impressionante para este propulsor, que tem algumas modificações engenhosas a cargo do seu Arlindo e com algumas peças do renomado Greco, e também devido ao excelente acerto de chão do carro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXMT2R5zNHhp1iCrLQsoHR51RIe28BpKYYwlxs4v2DaQz9-WM2A1zfbUD_rbW0WnNLjL4E98UYPOhTEPF1vWn00tHxQwzAx20kyZBFs-Hhayy-ENRELh_VbHhTyiya4-ZPmjVYJ7fx0UM/s320/DSC09305.JPG)
O recorte acima, do Jornal Zero Hora (percebam que boa a cobertura da época, hoje em dia, infelizmente, divulgam um tijolinho escondido numa página qualquer, matéria em destaque só quando morre alguém na pista) mostra como a notícia teve destaque na imprensa, pelo feito da vitória de um carro de Turismo em si, e por outro fato interessante: foi duplamente uma vitória de pai e filho, pois além de Arlindo na preparação do Escort e o filho Luciano pilotando, andaram também no carro o Delegado Luiz Carlos Ribas e seu filho Rodrigo, tendo sido a primeira vitória conjunta da dupla, e Rodrigo, com 20 anos, tornou-se o mais jovem vencedor de 12 Horas, na época. O "bota" Victor Hugo Castro completou o brilhante
cast da pilotagem vitoriosa.
O interessante é que a participação do carro na prova foi decidida de última hora, quatro dias antes da corrida, devido ao custo, sendo que com o apoio do Delegado Ribas e de Castro, a participação foi viabilizada.
Outro fato pitoresco, e, ainda bem, com final feliz: a emoção da conquista foi tanta que depois de encerrada a festa da vitória o seu Arlindo Marx simplesmente enfartou, tendo sido internado às pressas e passado por cirurgia. Felizmente ele está aí até hoje, firme e forte, para contar estas histórias.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5Xw2btmLg1mtkO0WtNxnd7GHYKYE28Ly9hDY9JsU0huQRJB9nbVayHUAPlFtKBtMyhTRfNjGABJKSllFqAkcD2IxTr5dizZs_IErRtViq8xwdv8U5AwEufTtR0Q-eCWKpsniQ6gH8dh8/s320/DSC09310.JPG)
Voltando no tempo, encontramos Arlindo fazendo dupla com Paulo de Tarso, no Dodginho #88, nas 6 horas de Tarumã, em 1976, seguido por outra lenda, Breno Fornari e seu filho Antônio Miguel (Nêne), com o Maverick #35, número que usava desde as carreteras.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZV1tNl3NY2XzhfMN8MwKMIi9EIN_ksUX3LF1YSXA2ZZ2PNexnAECVR1ihbuMFSdAAiQiX46eYn44NX0xTZLDHxivY64trsD5e3in8KhjLOdGvE5c9AL0btGqSWREBfJbvrDyf2cZN9Vs/s320/DSC09314.JPG)
Na foto acima, de 1973, vemos o Corcel #88, preparado por Marx, fazendo as curvas de uma maneira peculiar, com as rodas bastante viradas. Atrás, no Fusca #44, outra lenda, chamada Arnaldo Fossá, a bordo de um Fusca, carro com que sempre correu e tornou-se referência.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAuGHvWrtpiGIvgDuEOZ1EO-gVr_q-sdFfQqORFaCiJfw8FGEQZEM-FtF8LtkjnAZNsZcx2s8ZSFHpj093SK35CKwh7ouNUYvFMQh2jJAT67qYenGJ6aXVlrvmBOItudUYURbtqO4nVNk/s320/DSC09315.JPG)
A imagem acima é também das 6 Horas de Tarumã, o Dodge seguido pelo Passat dos Rebechi.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhma0jD2Ua963uFt4Aa08KAySyXC1ro7SnOvf1P5phxPHAHpBP0nuZG1uPAVMYRup8_3RMcl691Hwe1jLPTlaAVM491DHU0iGg6WPz7BrwTVkiCMz9fb05AVP-668Gn6-wbBmhSg4I5Mm8/s320/DSC09316.JPG)
Acima mais uma participação histórica, com o Corcel preparado e pilotado por Arlindo Marx, na qual já usava o número #32 (hoje do Escort), nada menos que na inauguração do Autódromo Internacional de Guaporé, que deve ser reformado nos próximos meses.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4FNL5r0q8D_j1zWnUlQ4FDa60hK-Vh_FAeT9pNHvcBqKAMk61eIoE8KarNnxdGurir2ZcBybXymZZlaDcxJIdf978v7DNnDkGVBvOJJxG_CC5Ocg21PqqR6097VKuFOtUDmluCmXr4ok/s320/DSC09318.JPG)
Onde tudo começou: uma bonita foto de Arlindo Marx com seu filho Luciano dando um abraço, após uma corrida do pai. Com o passar dos anos, Luciano Marx viria a pilotar o carro preparado pelo pai.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOJeaZw-7tXCqoTfU4_LwTsQUq0myPBvpCGpjFBezHf2ZLoVxSboyjgRQhGQ_O0Zsk1whHpEuMTK-Vhf2nn1UhKz-qSyj_iOmhenK95u33__W19N7Gnyxzf6cne62gXgWRZH2f5FHfg4/s320/foto.jpg)
Rivera também fez parte da carreira de Arlindo, no qual corria com o Corcel II acima, com o clássico #32.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnblJET3M0LuFupICh7qwac7z72ghJKpqBon4HQ3F1GmEcCIdtCGGkur1CJz82z_rhmUZTI95LFQZksS464t0ywxnJ8onKjhh5s26uASd-dTpxj9f7lxQzpyLDI7L89w9GdAR9DlfydKs/s320/DSC09297.JPG)
Em 1987 foi comprado o Escort, que no início participava do regional de Marcas gaúcho, já pilotado por Luciano. Posteriormente, o carro foi transformado num Divisão 3, vindo a participar de provas de Endurance e 12 Horas. Luciano Marx foi bi-campeão do Gaúcho de Endurance (1996/1997). Acima vemos o Escort seguido do Voyage de outra fera, Paulo Sabiá (que foi campeão da Endurance em 2000, hoje preparador do Passatão #8 da Fórmula Classic).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5nghCWpNPAeYDnQerNJSAodQeVs4MgKnEHbNDu4ijO6vJjbCxUPJnLt0TgwMrtrT072G8uy_lIJDtmLRxKWUCrbAeCj0B4b-x6I6gObb1Sb9aRX4bPLdpe-adezH8Y_nTwJ69moVliso/s320/DSC09304.JPG)
Poucas horas antes da glória, a troca de pilotos nas 12 Horas de Tarumã 1997, vencida com 489 voltas, na frente do Uno Turbo de Paulo Scolari, Normo Chies e José Massa (tio de Felipe Massa), com 474 voltas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWI8rltCBia-S6pvs4keByl0uIUmXvCGeSDWagrzS5fWESdfX81Q4DJOPeHhH9GOrwLvOhRP8qUwJ9h7wlBftPM4EBnN-va25UaP8FEJDh_Pd8NVwn0olZ_qRPybDC-cI_fmXqSwpYK68/s320/DSC09322.JPG)
É uma honra poder ter contato com lendas do automobilismo, como a dupla pai e filho, Arlindo e Luciano, que detém um feito que dificilmente será superado, dada a abissal diferença dos protótipos e carros de turismo hoje em dia, que têm um desempenho absurdo (mais de 15s mais rápido por volta) e também pelo maior nível de confiabilidade atual dos protótipos.
Na foto acima (esq. p/ dir.): Niltão Amaral, Romaldo Souza (vulgo Zóio, baita piloto que andou muito bem de Chevette e Opala Stock, e quem sabe de volta às pistas na Classic, ainda este ano), Rafael Soares (que estreará este ano na Classic com o Fiat 147 que foi de Cristina Rosito, é filho de Paulo Gerson, que correu por muito tempo na época do seu Arlindo), Luciano Marx, Arlindo Marx e Leonardo Tumelero.
O carro participou como convidado na 4a etapa da Fórmula Classic 2009. Esperamos que o modelo complete 30 anos para voltar a brilhar nas pistas!
Fotos: Arquivo Pessoal de Arlindo Marx